Rio manso como sou, por mais longe que eu possa estar, sempre acabo desaguando em ti.
Pessoas machucam e sΓ£o machucadas, Γ‘s vezes por querer, outras nem tanto.
E, quando o mundo parece enfiar uma espada em minhas vΓsceras, recorro a ti sem precedentes.
Esvazio meu ser, permito-te lavar meu ego inflΓ‘vel, meu orgulho, minha soberba.
Limpa meu Γntimo, feridas abertas, minha dor.
Γs tu quem leva em tuas ondas para longe o peso em meus ombros que me rouba o sorriso nos dias difΓceis.
Enxuga minhas lΓ‘grimas.
Me nina gentilmente em tuas Γ‘guas.
Em tuas profundezas mergulho e me refugio.
Filha das Γ‘guas como sou, tua fΓΊria, beleza e mansidΓ£o me inspiram.
Vosso manto majestoso sobre a areia da praia Γ© tΓ£o acolhedor!
Com toda sua grandiosidade me ensinou o valor de ser humilde num mundo de aparΓͺncias.
Meu coração é grato a ti por aprender a amar cada dia mais desmedidamente; por acolher-me, lutar e acreditar em mim de tal forma.
Peixe pequeno como sou, enche meu espΓrito de bençãos e recarrega meu ser com as mais lindas vibraçáes.